quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Orçamentos e Impostos (CLC1)



Para garantirem oitenta por cento do rendimento que auferem na altura da reforma, os portugueses vão ter que poupar mais de um terço do salário. Isto se continuar a política em vigor.
De acordo com a nova fórmula de cálculo das pensões obriga os portugueses a terem mais tempo de serviço e aumentado o limite de idade para sessenta e cinco anos. Neste sistema de politica, a reforma vai ser contabilizada toda a carreira contributiva e não apenas os melhores dez dos últimos quinze anos de descontos para a Segurança Social ou Caixa Geral de Aposentações.
Um estudo recomenda, a aplicação das poupanças em Planos de Poupança Reforma (PPR) para um complemento da reforma.
Para os jovens que comecem agora a trabalhar devem pensar muito seriamente no seu futuro e investir as suas poupanças, em (PPR) porque não vejo condições para melhorar, pelo contrário, vejo este sistema a cair velozmente.

OS PRODUTORES DE LEITE VÃO DE MAL PARA PIOR (CLC1)


Os produtores de leite estão a atravessar uma fase de grande crise económica.
Vêem todos os dias o custo de vida a subir e o seu produto a desvalorizar vertiginosamente.
Com a entrada na CEE, vieram muitos subsídios para quem metesse um projecto para vacarias. Quase todos os oportunistas se aproveitaram e meteram um projecto para receberem os subsídios. Mas, depressa chegaram à conclusão que valia mais deixar as vacarias e continuar no seu ramo profissional, porque os rendimentos não davam para as despesas. Os que eram realmente profissionais no ramo, continuaram e até tinham um certo rendimento que lhes dava para pagar as despesas e ficava-lhes algum para porem de lado. Até que por volta de 1994, atingiram o seu auge, e a partir dessa altura, os produtos adquiridos começaram a subir, e o leite mantinha-se. A partir de 1998 é que entraram mesmo na decadência; o gasóleo que até aí compravam a 0,35 €, actualmente pagam a 0,99 €; as rações, os adubos triplicaram o preço. O leite, pelo contrário, em vez de subir para compensar a diferença, aconteceu o contrário. Estava a 0,45 € e actualmente está nos 0,26 €.
Neste momento o que está a valer aos agricultores portugueses é estarem na comunidade europeia e usufruir de subsídios para sobreviver.
Desta maneira, se os governos não arranjarem maneira de resolver os problemas dos agricultores, não sei qual será o seu futuro, pois estão a empobrecer dia após dia.

In Jornal de notícias, 30 de Novembro de 2009

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Biografia de Maria de Lurdes Pintasilgo (CP2)


Maria de Lurdes Pintassilgo nasceu na freguesia de São João, concelho de Abrantes, filha de Jaime de Matos Pintassilgo, empresário da indústria de lanifícios na Covilhã, e de Amélia do Carmo Ruivo da Silva Matos Pintassilgo, doméstica.
Na altura do seu ingresso escolar, a família de Maria de Lurdes Pintassilgo abandonou Abrantes e foi para Lisboa.
Realizou a instrução primária numa escola particular. Ingressou no Liceu D. Filipa de Lencastre, onde terminou o curso secundário como a melhor aluna do liceu, tendo ganho por duas vezes o Prémio Nacional.
Licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, no Instituto Superior Técnico de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Entre os 250 alunos do curso, apenas 3 eram mulheres. Desejava mostrar que o desafio do mundo industrial era também acessível às mulheres.
Iniciou a sua carreira profissional, como investigadora na Junta Nacional de Energia Nuclear, como bolseira do Instituto de Alta Cultura.
Foi nomeada chefe de serviço no Departamento de Investigação e Desenvolvimento da Companhia União Fabril (CUF), que aceitou pela primeira vez uma mulher nos seus quadros técnicos superiores.
Foi coordenadora de programas de formação no domínio da emancipação da mulher.
Foi designada, pelo Papa Paulo VI, representante da Igreja Católica.
Foi mentora do projecto, para uma Sociedade Activa para a Igualdade de Oportunidades entre as Mulheres e os Homens. Lutou para a Igualdade e os Direitos das Mulheres.
Após recusar o convite do presidente do Conselho, Marcelo Caetano, para integrar a lista de deputados à Assembleia Nacional, aceitou ser designada procuradora à Câmara Corporativa na Secção XII. Foi a primeira mulher a exercer funções nesta secção.
Presidiu ainda, novamente a convite de Marcelo Caetano, ao Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social.
Depois da revolução do 25 de Abril de 1974, foi nomeada secretária de Estado da Segurança Social no I Governo Provisório. Foi eleita, por quatro anos, membro do Conselho Executivo da UNESCO. Foi indigitada pelo presidente da República, general Ramalho Eanes, para chefiar o V Governo Constitucional, um governo de gestão incumbido de preparar as eleições legislativas intercalares. Tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe do Governo. Apoiou a candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República.
Exerceu funções como consultora do presidente da República, António Ramalho Eanes.
Foi candidata independente às eleições presidenciais onde pela primeira vez os candidatos eram civis e não militares, não tendo conseguido ganhar.
Foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo tornando-se na primeira mulher agraciada nessa Ordem com esse grau.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mini Dicionário das Novas Tecnologias (CLC2)

Com as novas tecnologias de comunicação tornou-se necessário, para se evitar gastar mais dinheiro nas mensagens escritas, inventar uma maneira de se escrever a mesma frase, mas com algumas abreviaturas. Quando no outro dia fui visitar o meu Hi5, verifiquei estas abreviaturas abaixo mencionadas, que algumas até abreviam bastante o que se quer dizer, mas também verifico que outras não abreviam em nada. Simplesmente é uma forma de tratar as pessoas com outro tipo de carinho, ou simplesmente escrever como pronunciam as palavras. Se por um lado acho engraçado e penso que existe um certo tipo de inteligência, por outro, penso que se está a contribuir para estragar a língua portuguesa: porque com o grande uso que se dá, as futuras gerações vão passar a escrever como falam e não o português correcto.axu-----acho
adrt-----adoro-te
amt------amo-te
akele-----aquele
akelex----aqueles
axim------assim
btt--------bastante
bj---------beijo
bouah-----boa
nitah------bonita
kapax-----capaz
koisas-----coisas
cmg-------comigo
kmo-------como
kmpleta---completa
knhecer---conhecer
ctg--------contigo
kntinuar--continuar
dxta------desta
dox-------dos
i----------e
eh--------é
xkrever--escrever
xkecer---esquecer
xte-------Este
fg--------foge/fogo
pic-------fotografia
girah-----gira
gxto------gosto
istuh-----isto
lah-------lá
mior-----melhor
ninah----menina
msm-----mesmo
mia------minha
mt-------muito
mtos-----muitos
ndah-----nada
noxa-----nossa
u---------o
obgd------obrigado
outrox----outros
oblá-------ouve lá
ouve.se----ouve-se
pah--------pá
pa---------para
Pk ou pq--Porque
pko-------pouco
prexixo---preciso
prof------professor
qdo------Quando
k--------Que
xim------sim
xou------sou
tbm-----também
td-------todo/tudo
td-------tudo
x's------vezes
vcs-----vocês

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Reflexão sobre Pluralismo e Democracia CP3


Democracia significa o poder do povo. Portanto, vivendo-se numa democracia pluralista, o povo tem mais hipóteses de poder escolher, o partido com os seus ideais, para os representar no governo; e quantos mais partidos políticos forem a apresentar as suas ideias, mais possibilidades o povo tem de poder escolher, o que mais se aproxima das suas ideias, para poderem defender as leis que mais os protegem. O nosso tempo é um tempo paradoxal, se, por um lado, parece haver reunidas as condições técnicas para cumprir as promessas da modernidade ocidental, como a promessa da liberdade, da igualdade, da solidariedade e da paz, por outro lado é cada vez mais evidente que tais promessas nunca estiveram tão longe de ser cumpridas como hoje. Penso que se olharmos para o passado recente do dia 11 de Março vivido no país vizinho de Espanha, facilmente nos sentimos cada vez mais distantes da concretização dessas mesmas promessas democráticas. E este é apenas um exemplo.
Não devemos considerar a democracia como algo natural, e como o resultado de uma evolução moral da sociedade, porque é evidente, que nos nossos dias o regime democrático é frágil e incerto. A democracia é frágil. Trata-se de uma conquista que necessita de ser defendida constantemente.
Em democracia os protestos constituem lutas entre adversários que lutam por caminhos diferentes, mas que respeitam sempre a diferença que os separa.
É na interacção com os outros que os interesses económicos, morais, emocionais, constrói os objectivos políticos e visões morais.
As emoções manifestam-se em culturas.
O protesto torna-se, um meio para que as pessoas expressem as suas sensibilidades e princípios morais.
Na minha perspectiva, as dimensões políticas comportam uma maior capacidade nas novas orientações nos processos de acção colectiva.
Em Democracia existem dimensões da estrutura política que podem difundir as oportunidades de grupos para levar a cabo uma mobilização colectiva ou para interferir com maior ou menor sucesso nos processos de decisão política.
Na análise dos conceitos de cidadania, de sociedade justa e de justiça social, não acredito numa sociedade justa ou numa justiça social.
O esvaziamento político do conceito de cidadania a que assistimos hoje, nas sociedades é sobretudo evidente nos grupos sociais, que ocupam os escalões inferiores do sistema de desigualdade ou de rejeição, no sistema de exclusão
Como afirmei no início da reflexão, o protesto é socialmente construído.
A cidadania, por sua vez, é uma questão central.
Neste sentido podemos reivindicar ou repensar em ter acesso à cidadania.
A Democracia é o sistema político de governo em que o poder soberano reside no povo, que o exerce directamente ou por representantes, periodicamente escolhidos em eleições livres e justas.
A democracia é uma necessidade vital para o ser humano e sem ela não se realiza o desenvolvimento da Humanidade, democracia é sinónimo de liberdade. Só em liberdade, o Homem dispõe das condições mínimas, para a concretização do espírito de iniciativa que lhe é inerente e para dar asas à criatividade, do desenvolvimento da sociedade humana. Democracia é solidariedade, sem liberdade e sem democracia não se realizam.
A democracia é o pior dos regimes políticos. Considerado por alguns políticos. Mas apesar de tudo é o melhor sistema de entre os outros. Em 13 de Dezembro de 2007, os dirigentes da União Europeia assinaram o Tratado de Lisboa, pondo fim a vários anos de negociações sobre questões institucionais. Após vários problemas com a sua ratificação, entrou em vigor no dia 1 de Dezembro de 2009. Uma Europa mais democrática e transparente, com um papel reforçado para o Parlamento Europeu e mais oportunidades para que os cidadãos façam ouvir a sua voz. Um papel reforçado para o Parlamento Europeu: o Parlamento Europeu, directamente eleito pelos cidadãos da União Europeia, terá novos poderes importantes no que se refere à legislação e ao orçamento da União Europeia, bem como aos acordos internacionais. Em especial, em relação à maior parte da legislação da União Europeia, o recurso mais frequente à co-decisão no processo de decisão política, colocará o Parlamento Europeu em pé de igualdade com o Conselho. Uma voz mais forte para os cidadãos: por exemplo, um grupo de, pelo menos, um milhão de cidadãos de um número significativo de Estados-Membros poderá solicitar à Comissão que apresente novas propostas políticas.