
No inicio a emigração era muito difícil. Tenho um amigo que quando converso com ele sobre a emigração, acaba sempre a chorar, por se lembrar dos maus momentos passados na altura de emigrar; desde a vida que tinha economicamente que o levou a emigrar, deixar a sua terra natal, os seus familiares, amigos, até aos maus bocados que passou para chegar ao país para onde emigrava e se ambientar com os costumes, língua, arranjar uma habitação digna com algumas comodidades.
Os transportes eram muito rudimentares. Durante muito tempo fez a viagem de comboio, que era muito demorada e cansativa. Quando arranjou dinheiro para comprar um carro, já fazia a viagem de carro pois podia parar quando quisesse e precisasse. Foi assim durante muito tempo. Ultimamente a vida mudou, já deixa ficar o carro no país de emigração, vêm passar as suas férias de avião e aluga um carro no seu país para se deslocar, e gozar as férias. Todas as economias que conseguia mandava para Portugal. Construíu uma casa, comprou apartamentos a pensar nos filhos par lhes dar uma vida melhor que a dele, mas, os filhos como têm o futuro mais garantido no estrangeiro, não querem vir para Portugal e o homem embora esteja bem economicamente, sente-se triste por não poder trazê-los consigo. Se por um lado a emigração foi boa para a economia, para a desertificação das aldeias já não se pode dizer o mesmo. Há muita desertificação e cada ves a população é mais idosa: tudo isso traz consquências.
Enfim esta vida é cheia de espinhos e dificilmente corre tudo como se quer. Falta sempre alguma coisa, para que não se tenha a felicidade total.
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