PROFISSÕES – Sociedade Tipo I e II (STC)
Prof. Relacionadas com os Resíduos ------------Habilitações Académicas Exigidas
Cantoneiro de Limpeza -------------------------Escolaridade Obrigatória
Operários: Pintores, Elect., serralh. e operacionais de manutenção --Escolaridade Obrigatória
Encarregado de Brigada ------------------------Escolaridade Obrigatória
Encarregado de Serviços de Limpeza e Higiene --Escolaridade Obrigatória
Chefes de Serviço de Limpeza ------------------Escolaridade Obrigatória
Armazém: Chefe de Armazém e Fiel de Armazém ---Escolaridade Obrigatória
Fiscal de Serviços de Higiene e Limpeza -------Escolaridade Obrigatória
Fiscal Municipal ------------------------------12ª Ano de Esc. + Curso do CEFA
Serviços Administrativos: Pessoal Adm. --------12ª Ano de Escolaridade
Téc. Prof. de Amb.--12ª Ano de Esc. + Curso de Especialização Tecnológica – Nível 3
Engenheiro do Ambiente -------------------------Licenciatura
Chefe de Divisão -------------------------------Licenciatura
Director de departamento -----------------------Licenciatura
Directora municipal ----------------------------Licenciatura
Vereador do Ambiente ---------------------------Cargo Político
Estes são os que estão ligados com a Câmara Municipal mas além destes há muitos mais:
Operadores de Triagem
Operadores de Veículos Especiais
Encarregados de Lavagem e Manutenção de Ecopontos
Motoristas das viaturas de Recolha de Cartão Porta-a-Porta a Estabelecimentos Comerciais"
CICLO da RECICLAGEM – Tecnologia - Resíduo
Resíduo ou lixo, é qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela actividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar.
O conceito de lixo pode ser considerado uma concepção humana, porque em processos naturais não há lixo, apenas produtos inertes. Muito do lixo pode ser reutilizado, através da reciclagem, desde que adequadamente tratado, gerando fonte de renda e empregos, além de contribuir contra a poluição ambiental. Outros resíduos, por outro lado, não podem ser reutilizados de nenhuma forma, como lixo hospitalar ou nuclear, por exemplo.
Classificação, origem e características
Resíduos Sólidos
Resíduos Gasosos
Resíduos Líquidos
Resíduos Tóxicos
Resíduos Hospitalares
Classes dos Resíduos
Resíduos são o resultado de processos de diversas actividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola etc.. Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, líquido e gasoso.
Ficam incluídos nesta definição tudo o que resta dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou aqueles líquidos que exijam para isto soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo com a melhor tecnologia disponível.
Classificação, Origem e Características
Classificação do lixo
Quanto às características físicas:
Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos, tolhas de papel, pontas de cigarro, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Molhado: restos de comida, cascas, bagaços de frutas, verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc. ...
Quanto à composição química:
Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
Inorgânico: composto por produtos manufacturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais, tecidos, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
Quanto à origem:
Domiciliar: originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiénico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Podem conter alguns resíduos tóxicos.
Comercial: originado pelos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.
Serviços Públicos: originados dos serviços de limpeza urbana, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc., constituído por restos de vegetais diversos, embalagens, etc.
Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função das suas características, merece um cuidado especial no acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.
Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferroviários: resíduos sépticos, ou seja, que contém ou potencialmente podem conter germes patogénicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.
Industrial: originado nas actividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc.
O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.
Radioactivo: resíduos provenientes da actividade nuclear (resíduos de actividades com urânio, césio, tório, cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipamentos e técnicos adequados.
Agrícola: resíduo sólido das atividades agrícola e pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial.
Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.
Resíduos Sólidos
Resíduos sólidos são materiais heterogéneos, resultantes das actividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitários, ambientais, económicos e estéticos.
Os Resíduos sólidos podem ser divididos em grupos, como:
1. Lixo Doméstico: é aquele produzido nos domicílios residenciais. Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos, como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros.
2. Lixo Comercial e Industrial: é aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da actividade.
Restaurantes e hotéis produzem, principalmente, restos de comida, enquanto supermercados e lojas produzem embalagens.Os escritórios produzem, sobretudo, grandes quantidades de papel. O lixo das indústrias apresenta uma fracção que é praticamente comum a todos: o lixo dos escritórios e os resíduos de limpeza de pátios e jardins; a parte principal, no entanto, compreende aparas de fabricação, resíduos de processamentos e outros que variam para cada tipo de indústria. Há os resíduos industriais especiais, como explosivos, inflamáveis e outros que são tóxicos e perigosos à saúde, mas estes constituem uma categoria à parte.
3. Lixo Público: são os resíduos de raspagem, entre outros, provenientes dos logradouros públicos, bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de cerâmica, entulhos de obras e outros materiais inúteis, deixados pela população, indevidamente, nas ruas ou retirados das residências através de serviço de remoção especial.
4. Lixo de Fontes Especiais: é aquele que, em função de determinadas características peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final, como é o caso de alguns resíduos industriais antes mencionados, do lixo hospitalar e do radioactivo. Com o crescimento acelerado, do consumo de produtos industrializados, e mais recentemente com o surgimento de produtos descartáveis, o aumento excessivo do lixo tornou-se um dos maiores problemas da sociedade moderna. Isso é agravado pela escassez de áreas para o destino final do lixo. A sujeira despejada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas, do ar e agravou as condições de saúde da população mundial. O volume de lixo tem crescido assustadoramente. E umas das soluções imediatas seria reduzir ao máximo o seu volume e o consumo de produtos descartáveis, reutilizá-los e reciclá-los.
O aterro sanitário é um processo de eliminação de resíduos sólidos bastante utilizado. Consiste na deposição controlada de resíduos sólidos no solo e sua posterior cobertura diária.
Uma vez depositados, os resíduos sólidos degradam-se naturalmente por via biológica até à mineralização da matéria biodegradável.
O aterro sanitário é uma obra de engenharia que deve ser orientada por quatro OBJECTIVOS:
Diminuição dos riscos de poluição provocados por cheiros, fogos, insectos.
Utilização futura do terreno disponível, através de uma boa compactação e cobertura.
Minimização dos problemas de poluição da água, provocados por lixiviação.
Controle da emissão de gases (liberados durante os processos de degradação)
Esse processo tem as seguintes vantagens e desvantagens:
Vantagens Desvantagens
Processo de baixo custo Longa imobilização do terreno,
Recuperação de áreas degradadas necessidade de grandes áreas,
Flexibilidade de operação necessidade de material de cobertura,
Não requer pessoal altamente especializado dependência das condições climáticas
Um aterro sanitário é um reactor biológico em evolução, que produz: Resíduos gasosos: CO2, metano, vapor de água, O2, N2, ácido sulfúrico e sulfuretos. Resíduos sólidos: resíduos mineralizados. Resíduos líquidos: águas lexiviadas.
Resíduos Gasosos
Os resíduos gasosos resultam das reacções de fermentação aeróbia (desenvolvidos na superfície) e anaeróbia (nas camadas mais profundas); a fermentação anaeróbia dá origem a CO2e a CH4 (metano), o qual pode ser aproveitado para a produção de bio-gás.
Resíduos Líquidos
Os resíduos líquidos, também chamados lexiviados, variam de local para local e dependem de: Teor em água dos resíduos Isolamento dos sistemas de drenagem. Clima (temperatura, pluviosidade, evaporação) Permeabilidade do substrato geológico. Grau de compactação dos resíduos.
Idade dos resíduos.
Os lexiviados têm elevada concentração de matéria orgânica, de azoto e de materiais tóxicos, pelo que deve ser feita a sua recolha e tratamento, de modo a impedir a sua infiltração no solo. Devido a grande distância que normalmente os aterros sanitários se encontram, tornam muitas vezes inviável o acesso a esse tipo de destino final. A prática mais generalizada é o enterro de resíduos nos terrenos adjacentes, muitas vezes sem preparação, em solos inadequados e perto de espécies de elevada fragilidade, o que dá origem a focos de poluição.
A incineração é um processo de combustão controlada, que permite a redução em volume e em peso dos resíduos sólidos, em cerca de 60 a 90%. Os resíduos são transformados em, gases, calor e materiais inertes. Os grandes inconvenientes desse sistema são a: Poluição do solo por cinzas. A poluição da água pelas cinzas e da lavagem de fumos. Poluição do ar por cinzas voláteis e dioxinas; estas últimas têm um elevado teor tóxico e são agentes de doenças da pele, danos no fígado, alterações enzimáticas, alterações nos sistemas endócrinos e imunológico e se transformam em cancerígenos. O reaproveitamento consiste na utilização dos resíduos para subsidiar outras actividades. Alimentação de animais domésticos (restos de alimentos). Produção de fertilizantes - compostagem (resíduos sólidos orgânicos)
Resíduos Tóxicos
São considerados resíduos tóxicos as pilhas não-alcalinas, baterias, tintas, solventes, remédios expirados, lâmpadas fluorescentes, insecticidas, embalagens de produtos químicos, as substâncias não biodegradáveis estão presentes nos plásticos, produtos de limpeza, em pesticidas e produtos electrónicos, e na radioactividade desprendida pelo urânio e outros metais atómicos, como o césio, utilizados em, armas nucleares e equipamentos médicos. O níquel, mercúrio e chumbo são os principais contaminantes. A separação adequada desses materiais é muito importante para evitar a contaminação do solo. As pessoas devem tomar alguns cuidados básicos para embalar este tipo de resíduo: acondicionar em sacos plásticos bem fechados, guardá-los em locais arejados e protegidos do sol, das crianças e dos animais. Os materiais que podem ser reciclados são encaminhados para Centrais de Tratamento específicas. Os medicamentos expirados, restos de tinta e verniz, e embalagens de insecticidas, que ainda não podem ser reciclados, ficam armazenados no aterro industrial em condições adequadas, para evitar a contaminação do meio ambiente. Esses resíduos são tratados por meio de encapsulamento.
Os principais contaminantes que prejudicam os resíduos são os seguintes:
Organo-halogenados
A combinação de fenómenos de evaporação e absorção do aterro previne de forma substancial, o deslocamento dos compostos organo-halogenados para as águas subterrâneas.
Cianetos
Foram identificados vários mecanismos de decomposição e eliminação. Por exemplo, a conversão para ácido cianídrico volátil, a formação de cianetos complexos, hidrólise de formato de amónia, formação de tiocianatos e biodegradação poderão ocorrer. Um pré-tratamento de resíduos com cianetos é fortemente recomendado.
Metais pesados
O cromo, quando presente em forma solúvel, pode também representar um risco ambiental. Normalmente, em aterros, estes compostos são reduzidos, na presença de matéria orgânica, para a forma trivalente de maneira a precipitar como hidróxido em pH neutro, existente nos aterros. O mercúrio poderá ser originário de baterias, tubos fluorescentes, entulhos. Há evidências de que o Mercúrio é mobilizado como sulfato sob as condições anaeróbicas reinantes no aterro. Havendo fracções argilosas presentes.
Ácidos
Deveria ser prática normal a neutralização de resíduos ácidos, antes da sua disposição em trincheiras ou lagoas rasas, no aterro. Será essencial que a capacidade de neutralização inerente ao lixo doméstico não seja excedida. Caso contrário, os metais pesados serão ressolvidos e a actividade microbiana será inibida. Foi determinado que 1kg de lixo fresco poderá neutralizar 22g de ácido sulfúrico e 1kg de lixo decomposto será preciso para neutralizar 33g desse mesmo ácido.
Óleos
Postos em componentes do lixo próprios são um mecanismo de atenuação importante. Estudos demonstraram que não acontecia drenagem livre quando a concentração do óleo não superava os 5% em peso.
Fenóis
Pode-se constituir em problema grave, uma vez que o limite da WHO - World Health Organization para o fenol é de 0,022 mg/l; e muitos resíduos industriais contém este produto em proporção superior a estes valores.
Solventes
Durante a postura no aterro, os solventes poderão perder-se por evaporação para a atmosfera ou podem ser absorvidos pelo lixo, onde poderão ser submetidos à biodegradação. Testes de laboratório mostram a grande dificuldade de se prognosticar a extensão de cada um destes processos.
Resíduos Hospitalares
Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comum denominado "lixo hospitalar ou resíduo séptico", sempre constituiu um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente à falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente à comunidade vizinha às edificações hospitalares e aos aterros sanitários. A actividade hospitalar é por si só uma fantástica geradora de resíduos, inerente a diversidade de actividades que desenvolvem-se dentro destas empresas.
O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento com excesso de cuidado, originando ainda mais os já combalidos recursos das instituições hospitalares. Quanto raro lhe são atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e outros tantos males.
Contaminação
O maior problema é o chamado “lixo infectante - classe A”, que representa um grande risco de contaminação, além de poluir o meio ambiente. A maior parte dos estabelecimentos não faz a separação deste material, que acaba indo para os aterros junto com o lixo normal ou para a fossa.
Outro problema é o chamado “lixo perigoso - classe B”, cuja destinação final, actualmente, fica sob responsabilidade dos hospitais.
O material recolhido nos hospitais, acondicionado segundo normas que variam em função do grau de periculosidade dos produtos, geralmente é levado a um aterro próprio.
Já o "lixo classe C" dos hospitais – também devidamente separado - fica sujeito ao mesmo sistema de recolha, do resto da cidade, indo parte para reciclagem e parte para a colecta normal, que inclui apenas o material orgânico destinado ao aterro sanitário.
Separação do Lixo
O refinamento para a separação desse tipo de resíduo é uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e oferece subsídios para que os hospitais e clínicas elaborem planos de recolha de resíduos do serviço de saúde. O objectivo é adequar a estrutura das unidades para o tratamento correcto dos resíduos.
Segundo as normas sanitárias, o lixo hospitalar deve ser rigorosamente separado e cada classe deve ter um tipo de tratamento e destino. De acordo com as normas, devem ser separados conforme um sistema de classificação que inclui os resíduos infectantes - lixo classe A, como restos de material de laboratório, seringas, agulhas, entre outros, perigosos - classe B, que são os produtos químicos, radioactivos e medicamentos fora de validade - e o lixo classe C, o mesmo produzido nas residências, que pode ser subdividido em material orgânico e reciclável.
Lixos Infectantes
Resíduos do grupo A (apresentam risco devido à presença de agentes biológicos):
- Sangue hemoderivados
- Excreções, secreções e líquidos orgânicos
- Meios de cultura
- Tecidos, órgãos, fetos e peças anatómicas
- Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas
- Resíduos advindos de área de isolamento
- Resíduos alimentares de área de isolamento
- Resíduos de laboratório de análises clínicas
- Resíduos de unidade de atendimento ambiental
- Resíduos de sanitário de unidades de internação
- Objetos perfurocortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, devidamente registrado em conselho profissional, para o encaminhamento de seus resíduos.
Processos de Destino
*Incineração: a incineração do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, trata-se da queima o lixo infectante transformando-o em cinzas, uma atitude politicamente incorrecta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.
*Auto-Clave: esteriliza o lixo infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado. Como alternativa, o lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço para todo o lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades.
A maioria dos hospitais toma pouco ou quase nenhuma providência com relação às toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas actividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se ou a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de colecta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem, ou lançam directamente em lixões ou simplesmente queimam os resíduos.
Classes dos Resíduos
Classe 1 - Resíduos Perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características.
Classe 2 - Resíduos Não-inertes: são os resíduos que não apresentam ericulosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico.
Classe 3 - Resíduos Inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contacto com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (degradam-se muito lentamente). Estão nesta classe, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.
Origem e Possíveis Classes Responsáveis
Domiciliar----------------------------------- 2 Câmara Municipal
Comercial------------------------------------ 2, 3 Câmara Municipal
Industrial----------------------------------- 1, 2, 3 Tratador do resíduo
Público ------------------------------------- 2, 3 Câmara Municipal
Serviços de saúde -------------------------- 1, 2, 3 Tratador do resíduo
Portos, aeroportos e terminais ferroviários-- 1, 2, 3 Tratador do resíduo
Agrícola ------------------------------------ 1, 2, 3 Tratador do resíduo
Entulho ------------------------------------- 3 Tratador do resíduo
O que é a Compostagem?
A compostagem é um processo de decomposição controlada de matéria orgânica (ramos, folhas, restos de alimentos, etc...) feita através de microorganismos (fungos e bactérias). Esta decomposição pode ser feita num compostor (recipiente apropriado para a compostagem), em pilhas de compostagem ou simplesmente amontoando a matéria orgânica num local em contacto com a terra. O produto resultante da compostagem é denominado de composto e pode ser aplicado no solo como adubo natural, apresentando vantagens monetárias e ambientais comparativamente aos fertilizantes químicos.